Epagri desenvolve araucárias enxertadas para a produção de pinhão precoce
  • Post publicado:20 de março de 2025
  • Categoria do post:Florestas

Um alimento abundante na flora catarinense e apreciado por consumidores em todo o Brasil deve conquistar ainda mais valor nos próximos anos. Já faz tempo que o pinhão deixou de ser um mero produto do extrativismo para se consolidar como fonte de renda sustentável de milhares de famílias.

Pomar da araucárias enxertadas fica em Papanduva, no Planalto Norte Catarinense (Fotos: Pablo Gomes / Epagri)

A Epagri, além de apoiar os produtores com orientações técnicas sobre manejo e mercado, realiza estudos para tornar a atividade cada vez mais profissional e perene.

Uma destas ações ocorre no Planalto Norte do Estado. Em parceria com a Embrapa Florestas, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária localizada em Colombo/PR, a Estação Experimental da Epagri em Canoinhas desenvolve no município de Papanduva um pomar de araucárias enxertadas com vistas à produção da semente.

Expectativa positiva

Em uma área superior a cinco hectares – 50 mil metros quadrados – estão exemplares coletados em diferentes regiões do país. As árvores passam pelo processo de enxertia, técnica de multiplicação que consiste na união de duas plantas com boas características para gerar uma nova. Neste caso específico, o objetivo é desenvolver cultivares que produzem pinhão mais rápido.

O experimento ainda está no início, na fase de estabelecimento das plantas, mas desde já a expectativa é positiva entre os pesquisadores.

“Espera-se que, nesta área, em sete anos tenhamos a produção comercial de pinhão com qualidade e precocidade, sendo um produto regional do Planalto Norte Catarinense”, diz o engenheiro agrônomo Gilcimar Adriano Vogt, gerente da Estação Experimental da Epagri em Canoinhas.

Texto e imagens: Pablo Gomes, jornalista bolsista Epagri/Fapesc.