Reconhecida pelo trabalho que desenvolve há décadas no Estado que, embora detenha apenas 1% do território nacional, é o quinto maior produtor de alimentos do Brasil, a Epagri ultrapassa fronteiras e serve também como referência internacional.
Em maio de 2024, a Estação Experimental da Epagri de Lages e o Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa Catarina (CAV/Udesc), também localizado na cidade serrana, receberam a pesquisadora britânica Charlotte Southall, que há mais de duas décadas atua com homeopatia humana, inclusive aplicada em crianças com transtorno do espectro autista.
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Ela foi contemplada com uma bolsa de doutorado da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) por meio de um projeto de cotutela entre a Universidade de Coventry, renomada instituição de ensino superior da Inglaterra com foco em ciência, tecnologia e medicina; e o CAV/Udesc, em parceria com a Epagri.
No Laboratório de Homeopatia e Saúde Vegetal da Estação Experimental de Lages, Charlotte realiza dois tipos de estudos: a resistência de videiras, por meio da homeopatia, a um fungo altamente patogênico e destrutivo às plantas; e a possibilidade, também pela homeopatia, de neutralizar resíduos tóxicos para que animais consigam viver em solos contaminados com metais pesados, especialmente o cobre.
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A pesquisadora europeia voltará para Londres no fim de abril. Até lá, continuará em Lages, dividindo o tempo entre a sala de aula do CAV/Udesc e o laboratório da Epagri, onde, além de estudar soluções em benefício da natureza e da vida humana, cultiva também conhecimento e amizades.
“O Brasil tem muitas experiências com homeopatia, inclusive na agricultura. É um dos melhores países do mundo nestas pesquisas. As equipes da Epagri e Udesc são incríveis, me ajudam com as plantas, as pesquisas e até o idioma. Está sendo uma grande oportunidade e estou muito feliz”.
Texto e imagens: Pablo Gomes, jornalista bolsista Epagri/Fapesc