Evento discute desafios e perspectivas da produção de milho no Sul do Brasil

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A Secretaria da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (SAR) e o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) promovem, na próxima segunda-feira, 12 de agosto, um evento para discutir os desafios e perspectivas da produção de milho no Sul do Brasil. Especialistas convidados abordarão a produção em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e no Paraná. A atividade começa às 10h30 e será transmitida pelo Canal de Capacitações da Epagri no Youtube. Qualquer interessado pode participar por meio do link.

Especialistas abordarão a produção em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e no Paraná, além de apresentarem informações sobre a safra nos Estados Unidos (Foto: Aires Mariga/Epagri)

O evento também contará com a participação da engenheira-agrônoma Marina Dalla Betta, que trará informações sobre a produção de milho nos Estados Unidos, a qual afeta o mercado internacional da commodity. De acordo com o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Haroldo Tavares Elias, nas últimas safras a área plantada com milho tem diminuído no Sul do Brasil. Entre os motivos para essa redução estão problemas climáticos, a proliferação da cigarrinha-do-milho e os baixos preços pagos aos produtores, especialmente na comparação com a soja.

Importância do milho

O analista explica que o suprimento de milho é essencial para a cadeia da produção de proteína animal e do leite, setores agropecuários de grande importância econômica para Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Uma possível escassez do produto ou o aumento dos custos para o transporte de outras regiões do Brasil e países do Mercosul pode afetar a competitividade das agroindústrias de processamento da carne de suínos e aves.

Segundo dados da Epagri/Cepa, a necessidade anual de milho para diferentes finalidades e setores catarinenses fica em cerca de 8,2 milhões de toneladas. Conforme dados disponíveis no site do Observatório Agro Catarinense, na safra 2023/2024 os produtores catarinenses colheram menos de 2,2 milhões de toneladas. Em comparação com a safra anterior, houve uma redução de mais de 600 mil toneladas no volume total produzido. “Isso quer dizer que pelo menos 15 mil carretas bitrem a mais do que na safra 2022/2023 precisarão ser deslocadas com milho para Santa Catarina”, avalia Haroldo.

Convidados para explanações iniciais

Alencar Paulo Rugeri – assistente técnico em Culturas da Emater do Rio Grande do Sul;

Edmar Wardensk Gervásio – analista de Mercado do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) do Paraná;

Haroldo Tavares Elias – analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa);

Marina Dalla Betta – engenheira-agrônoma e cursa o mestrado na Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos;

Arno Pandolfo – presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias de Santa Catarina (Fecoagro) e da Cooperativa Regional Itaipu (Cooperitaipu);

Enori Barbieri –  presidente da Câmara Setorial do Milho do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

Acesse aqui o canal de capacitações da Epagri a para participar do evento.

Informações para a imprensa:

Isabela Schwengber – Assessora de comunicação da Epagri (48) 3665-5407/99161-9596