Palestra em Curitibanos orienta agricultores sobre manejo da cigarrinha-do-milho

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As doenças do complexo do enfezamento são causadas pela cigarrinha-do-milho e capazes de comprometer substancialmente a produção deste grão. “Os problemas ocasionados por este inseto têm feito a área plantada de milho diminuir drasticamente”, alerta Juliana Golin Krammes, extensionista da Epagri em Curitibanos. Segundo ela, há uma previsão de que a área plantada no município, que se mantinha entre 2 mil e 2,5 mil hectares, não chegue a mil hectares na safra 2024/25.

Palestra reuniu 57 pessoas de Curitibanos, Frei Rogério e Brunópolis (Foto

Para orientar os agricultores nesse tema, a Epagri promoveu a palestra técnica Estratégias de manejo da cigarrinha-do-milho e doenças do complexo de enfezamentos, que reuniu 57 pessoas, entre técnicos e produtores de Curitibanos, Frei Rogério e Brunópolis, no dia 3 de julho. O evento aconteceu na Associação dos Funcionários da Copercampos, em parceria com a cooperativa. 

A palestra foi proferida pelo entomologista e pesquisador da Epagri, Leandro do Prado Ribeiro. Ele revelou que o fator determinante para a redução na população do inseto para o plantio da nova safra é a ocorrência de geadas, que eliminariam o milho guaxo. O pesquisador ainda orientou sobre o tratamento de sementes com inseticida e aplicações sequenciais de inseticidas nas primeiras fases do ciclo da cultura, medidas fundamentais para reduzir a infecção das plantas com as doenças transmitidas pela cigarrinha.

Leandro apresentou todo o ciclo biológico da praga, a relação com as condições climáticas, e também como funciona o sistema de infecção das plantas. Falou ainda sobre escolha de sementes híbridas, manejo do uso de produtos biológicos e compatibilidade com fungicidas e herbicidas.

“As orientações passadas pela Epagri visam estratégias de manejo que tragam o maior retorno econômico da cultura aos agricultores, de forma que ela se mantenha na região, fortalecendo a agricultura”, pondera a extensionista da Epagri. Ela lembra que o milho tem grande importância para o agronegócio catarinense, uma vez que serve como alimento para suínos e aves, duas cadeias produtivas centrais na economia estadual. 

Além disso, a planta é usada como silagem para o gado de leite, é importante na rotação de culturas agrícolas e serve, entre outros fins, para produção de etanol. De acordo com Juliana, todo este cenário faz com que os diversos órgãos de pesquisa busquem alternativas e estratégias de manejo para viabilizar a produção. 

O evento do dia 5 foi encerrado pelo coordenador técnico da Copercampos, Fabricio Hennigen, que ressaltou a importância dos agricultores continuarem a produzir milho. Após a palestra, a cooperativa ofereceu um jantar aos participantes. 

Confira dica da Epagri sobre manejo da cigarrinha-do-milho: