O escritório municipal d a Epagri em Florianópolis realizou recentemente uma oficina de bioplástico de alga, utilizando a macroalga Kappaphycus alvarezii. Foi no Centro de Treinamento de Florianópolis, envolvendo 25 pessoas, entre maricultores, algicultores, técnicos da Epagri, UFSC, IFSC e Univali, que trabalham com projetos para agregação de valor à macroalga, para além da produção de bioestimulante. As oficinas fizeram parte da Semana do Maricultor em Florianópolis.
A oficina foi ministrada pela pesquisadora Valéria Gelli. “A intenção dessa oficina foi apresentar uma alternativa artesanal para que o próprio produtor possa produzir o bioplástico, e apresentamos um produto mínimo viável para ser aprimorado com novas pesquisas”, explica Valéria, do Instituto de Pesca da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
O bioplástico é um plástico constituído de material renovável, no caso, a partir da alga. É biodegradável, vindo de uma fonte renovável, como o cultivo de algas, e serve como alternativa ao plástico que tem origem no processamento do petróleo.
“Mostramos como é fácil a confecção através do resíduo sólido da extração do fertilizante; é uma alternativa de renda a mais para o algicultor”, garante Valéria, que é pesquisadora em uma fazenda marinha experimental no litoral Norte de São Paulo.
O bioplástico pode também ser comestível, desde que tomados todos os cuidados higiênico-sanitários para a sua produção. “Primeiro, higienizar as algas, daí dá para secá-las ou usar de forma fresca, e a partir daí fazer o bioplástico comestível, assim como a alga é comestível”, enfatiza a pesquisadora.
A capacitação foi realizada pela Epagri em parceria com a Amasi, Associação dos Maricultores do Sul da Ilha.
Ouça no podcast da Epagri, o Panorama Agrícola.