A propriedade de Sidinei Jachine, em Quilombo, no Oeste de Santa Catarina, sempre teve dificuldade de abastecimento de água. Nos piores momentos da estiagem, que atinge a região desde o final de 2019, ele precisou contar com carros-pipa para dispor do recurso, fundamental para a atividade leiteira que desenvolve. Mas, com ajuda da Epagri e financiamento do governo do Estado, ele contornou a situação, instalando reservatórios de água limpa e potável, que serve tanto para os animais quanto para a família.
A solução veio no segundo semestre de 2021, por meio do Programa Mais Solo e Água SC, desenvolvido pelo governo do estado para apoiar financeiramente agricultores que necessitem instalar equipamentos para mitigar efeitos da estiagem. Com apoio da Epagri ele fez o projeto técnico que previu a instalação de duas caixas d’água com capacidade de armazenar 40 mil litros de água.
A escolha pelas caixas d’água foi estratégica, já que elas podem ser deslocadas pela propriedade em busca de eventuais fontes naturais, o que não aconteceria com a cisterna. A escavação de um poço artesiano não era opção, uma vez que a propriedade de Sidinei fica num terreno muito alto. Para abastecer os reservatórios ele recuperou uma fonte natural da propriedade, usando o sistema Caxambu, desenvolvido e difundido pela Epagri.
Tranquilidade
Agora o agricultor de Quilombo tem mais tranquilidade para atender seu rebanho de 28 vacas em lactação. A atividade chega a consumir 4 mil litros de água nos dias mais quentes do verão, não só para dessedentar os animais, mas também para lavar as instalações e manter tudo de acordo com as exigências de manipulação do alimento.
As chuvas ocorridas em janeiro, mesmo que eventuais, ajudaram a fortalecer a fonte do agricultor, e o que não foi usado na hora ficou reservado. “Água fora não vai”, sentencia ele, ciente da preciosidade do recurso natural.
Sidinei captou R$ 14.300,00 para comprar as duas caixas d’água, de 20 mil litros cada. Ele começa a pagar somente em 2023 e terá 50% de desconto em cada parcela paga em dia. Ou seja, se ele não atrasar as prestações, o Estado paga uma caixa e ele a outra. “Esse programa foi a melhor coisa que o governo fez”, finaliza ele, satisfeito.
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Gisele Dias, jornalista
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