Produtores de aipim e batata-doce de nove municípios do Alto Vale do Itajaí participaram de um dia de campo da Epagri para atualizar seu conhecimento nessas culturas e trocar experiências. A 6ª edição do Encontro Intermunicipal de Produtores de Aipim, que neste ano também incluiu a cultura da batata-doce, reuniu 70 agricultores em Ituporanga no dia 1º de dezembro.

“Nos encontramos para traçar um caminho de evolução na produção e na comercialização. Nos reunimos também para compartilhar histórias e receitas que aos poucos estão virando um livro”, conta Katiucia Michele Visentainer, extensionista da Epagri em Ituporanga.

A programação contou com uma palestra da nutricionista Pamela Medeiros, da prefeitura local, sobre o resgate cultural do aipim e da batata-doce e a introdução desses alimentos na merenda escolar. Na sequência, a extensionista Katiucia fez uma palestra sobre políticas públicas e de crédito rural para o setor, como forma de estimular o empreendedorismo entre as famílias.

 Os participantes ainda conheceram e degustaram pratos à base de aipim e batata-doce, como vaca atolada, costelinha suína atolada, escondidinho vegetariano, nhoque de aipim, nhoque de batata-doce e, de sobremesa, chico balanceado de aipim.

Mandioca no Alto Vale do Itajaí

A mandioca foi uma cultura econômica importante no Alto Vale catarinense até a década de 1970, com farinheiras e fecularias que movimentavam uma vasta cadeia produtiva na região. “Com o passar dos anos, houve deslocamento dessa produção para outras regiões do país, porém, continuamos a ter produção por aqui”, conta a extensionista Katiucia, da Epagri.

A partir do ano 2000, a produção de aipim para mesa começou a se desenvolver na região. Ela foi impulsionada pelo aumento das cidades e pela valorização do aipim e de seus produtos como base alimentar saudável, o que também aconteceu com a batata-doce.

“Produzir aipim e batata-doce é um traço cultural forte da nossa região e para o qual despertamos novamente”, destaca a extensionista. Impulsionada por um mercado que vem se valorizando, a cadeia produtiva está em expansão no Alto Vale do Itajaí.

Apoio da Epagri

Pelo trabalho da Epagri, novas variedades e tecnologias chegam às propriedades rurais catarinenses. A Empresa atua na produção e difusão de conhecimento e tecnologia para o adequado manejo da cultura da mandioca em condições subtropicais.

Como resultado desse trabalho, a Epagri já lançou diversos cultivares de mandioca de mesa e desenvolveu avanços nas técnicas de produção que permitem ampliar a quantidade e qualidade das raízes produzidas e, consequentemente, a renda do produtor. Na extensão rural, uma combinação de métodos e procedimentos permitem levar melhorias às famílias produtoras do estado.