Transformar material reciclável em dinheiro para ajudar quem precisa e ainda preservar o meio ambiente. Foi com essa fórmula que uma campanha de recolhimento de vidros e eletrônicos mobilizou o município de Jacinto Machado, no Sul Catarinense, e resultou na coleta de quase 6,5 toneladas de materiais. A campanha beneficiou a Apae e a Associação das Voluntárias do Hospital São Roque com R$500 para cada instituição.
A iniciativa foi organizada pela Epagri em parceria com a Secretaria Municipal da Agricultura, a Credija e a empresa Colix, de Araranguá, no mês de outubro. A Colix é responsável por adquirir os materiais recicláveis e fazer a logística para que eles voltem à cadeia produtiva pela reutilização ou por meio de reciclagem.
“Pensando nos benefícios gerados para o meio ambiente, a campanha representa um grande feito, pelo fato de que todo esse material poderia ser descartado de maneira inadequada, poluindo a natureza e causando inúmeros danos”, destaca Aline Hahn Fernandes, extensionista da Epagri em Jacinto Machado e organizadora da campanha. Outra vantagem é o fato de esse material não ser encaminhado para a coleta municipal, o que reduz os custos e aumenta a vida útil dos aterros sanitários.
Esta foi a segunda edição da campanha, que é realizada anualmente no mês de outubro no município. A edição de 2022 já está planejada. “Quem guardar esse material em casa poderá trazer para a destinação correta na próxima campanha. São pequenas ações que, juntas, se tornam grandes”, diz a extensionista da Epagri.
Saiba mais: reciclagem de vidro e eletrônicos
O vidro é um material que pode ser 100% reciclado e passar pelo processo infinitas vezes sem perder a qualidade. “As garrafas de cerveja, por exemplo, podem voltar para as indústrias sem que seja necessário gastar mais recursos naturais no processo de fabricação de garrafas novas”, diz Aline Fernandes, da Epagri.
Os materiais eletrônicos precisam de cuidados especiais no descarte. Eles possuem componentes com substâncias tóxicas em altas concentrações e, quando descartados de forma incorreta e em contato com a natureza, podem liberar metais pesados e danosos ao meio ambiente, como o chumbo, por exemplo.