As plantas de cobertura, também conhecidas como adubos verdes, são usadas nas lavouras para melhorar o solo. Depois de completar o ciclo vegetativo, elas são derrubadas e ficam sobre ao terra, formando uma camada de palha. Em Itajaí, produtores de hortaliças estão experimentando esses adubos com resultados promissores. Um exemplo é o uso de o feijão de porco consorciado com o repolho.
O agricultor César Augusto Lana, da comunidade de Rio Novo, está testando a novidade. O desenvolvimento do repolho, bem como do feijão de porco como planta de cobertura, ocorre de maneira harmônica, sem concorrência entre as plantas. “Trata-se da primeira experiência com esse tipo de consórcio. Esperamos que renda bons resultados para que possamos expandir essa prática para outras propriedades”, explica o extensionista rural da Epagri no município, Antonio Henrique dos Santos.
Ele relata que Itajaí possui 40 olericultores que cultivam folhosas, aipim, milho verde entre outras hortaliças. “No município, as propriedades são pequenas e muitas não têm estrutura para esperar as plantas utilizadas como adubos verdes completarem seu ciclo. Para isso contamos com a produção dessas espécies pelo agricultor Eugênio Girardi, que produziu uma variedade de plantas como feijão de porco, duas crotalárias e feijão guandu”, diz. Por meio da Epagri, os adubos verdes cultivados por Eugênio foram distribuídos aos produtores interessados em melhorar o solo e promover a diversidade ambiental.
“Sabe-se que os monocultivos são os responsáveis pelos diversos problemas com pragas e doenças que ocorrem na agricultura modernizada. A maioria dos ataques de pragas e doenças pode ser minimizado com a promoção de consórcios com plantas melhoradoras de solo, tais como os adubos verdes, por isso recomendamos o uso”, diz Antonio. O uso das plantas de cobertura é um dos pilares do Sistema Plantio Direto.