Canoinhas e região contam agora com o monitoramento climático da velocidade e direção do vento, temperatura e umidade relativa do ar, pressão barométrica, molhamento foliar e precipitação pluviométrica. Isso é possível porque uma estação meteorológica automática com telemetria operacionalmente mantida por energia solar foi instalada por técnicos da Epagri/Ciram nas dependências do IFSC de Canoinhas em outubro. A unidade é fruto de um trabalho cooperativo entre essas duas instituições e a Embrapa.
As variáveis climáticas são aferidas em intervalos horários e os dados transmitidos por celular para o banco de dados em Florianópolis, que depois de processadas são disponibilizadas na página da Epagri/Ciram na plataforma Agroconnect, de acesso público.
O pesquisador da Epagri/Ciram Hamilton Justino Vieira ressalta que , no cenário real das mudanças climáticas, a população tem se nos deparado com os eventos climáticos cada vez mais extremos. “Para mitigar seus efeitos e possibilitar estudos sobre a ocorrência de chuvas intensas, vendavais, períodos de seca, inundações, incêndios florestais, entre outros, a rede de estações meteorológicas da Epagri/Ciram é de vital importância e deve receber o apoio de todos”, diz ele.
Projetos da Epagri como o Microbacias, Fruplanorte, PAC Embrapa e o próprio Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) vem garantindo uma densa rede de estações meteorológicas operadas pela Epagri a serviço do meio ambiente e da sociedade do Planalto Norte Catarinense. Estações de monitoramento hidrológico em Rio Negrinho e Canoinhas, monitoramento apícola em Bela Vista do Toldo compõem esta diversificada rede. Ao todo são 25 estações em vigília do tempo e clima. A manutenção da rede está sob a responsabilidade da Estação Experimental de Canoinhas, representada pela Técnica Valdenize Pianaro, que percorre trimestralmente cada unidade.
Hamilton lembra que a história climática de Canoinhas e região vem sendo registrada há muitos anos. Muitas estações foram instaladas e contribuíram e contribuem para os registros dos eventos climáticos. Estações da antiga estrada de ferro RFFSA, da antiga Rigesa, do Instituto do Pinho, do Inmet em Três Barras, Irineópolis, Itaiópolis e Porto União, de operação e leituras manual, contribuíram com o acervo climático e foram aos poucos dando lugar às ditas Plataformas de Coleta de Dados (PCDs) ou estações meteorológicas automáticas telemetrizadas, como é o caso desta que foi instalada em Canoinhas.