Em agosto a família Nezi, de Arroio Trinta, no Meio Oeste Catarinense, deu início à produção de linguiça colonial, banha e torresmo de forma artesanal para comercializar no município. Isso foi possível porque a agroindústria Embutidos Nezi recebeu o Selo de Inspeção Municipal (SIM), certificado legal que garante o padrão dos produtos de origem animal e assegura que eles estão aptos ao consumo.
Segundo o extensionista rural da Epagri em Arroio Trinta, Valcir Antônio Biava, a família investiu R$150 mil na construção da unidade, que conta com 100 m² de área construída e tem capacidade para a produção mensal de 3 mil quilos de salame. Com a empresa, os Nezi têm uma perspectiva de renda bruta mensal de R$60 mil. Os produtos serão comercializados em mercados ou por meio de venda direta a moradores dos municípios do Alto Vale do Rio do Peixe (região onde o SIM permite) e na feira municipal.
As atividades serão desenvolvidas pelo casal Milton e Marta e pelo filho Anderson. “A produção de embutidos será mais uma fonte de renda para nós. Estamos muito felizes com esse certificado, pois com ele poderemos comercializar nossos produtos na região. Hoje em dia as pessoas estão em busca de produtos artesanais e esperamos atender a diferentes paladares”, diz a agricultora Marta.
A agroindústria vem para agregar valor à produção de leitões que é feita na propriedade, os quais são abatidos em frigoríficos legalizados e serão processados pela família. “Com a agroindústria a família também objetiva diversificar as atividades produtivas, que são a bovinocultura de corte e a produção de milho, soja e trigo”, diz o extensionista.
A Epagri comemora a conquista da família, que recebeu assessoria do extensionista rural com orientações técnicas para a elaboração do projeto de instalação do estabelecimento, onde foram consideradas as normativas específicas, observando-se aspectos sanitários e tecnológicos necessários. Também foi com o apoio da Epagri que os Nezi acessaram recursos do Programa Menos Juros na ordem de R$ 45,6 mil para a construção da agroindústria e de 13,7 mil do Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR Agroindústria) para equipar a unidade.