A tempestade e o ciclone extratropical que atingiram Santa Catarina nos dias 30 de junho e 1º de julho e que causaram estragos em todas as regiões podem ser analisadas pela rede de estações hidrometeorológicas do estado, monitorada pelo Centro de Informações e Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Epagri/Ciram). Das 290 estações, cerca de 50 possuem medidores de velocidade e direção do vento e registraram velocidades superiores a 100 km/h, com destaque para a de Siderópolis, no Sul do estado, com ventos de 168,8 km/h.
Segundo a meteorologista Maria Laura Guimarães Rodrigues, cinco das estações registraram velocidades superiores a 118 km/h. Além de Siderópolis, destacaram-se Urupema, na Serra Catarinense, com 126 km/h, e Indaial, localizada no Vale do Itajaí, com 121 km/h. Outras sete estações registraram ventos entre 113 e 117 km/h, e nove delas registraram ventos de 89 a 102 km/h.
Outro aspecto importante analisado pela Epagri/Ciram foram descargas elétricas que acompanharam o ciclone que passou por Santa Catarina. Esse fenômeno pode ser visualizado na animação a seguir, captado pelo satélite GOES-16 – GLM (Geostationary Lightning Mapper), um satélite meteorológico operado pela NOAA (National Oceanicand Atmospheric Administration).
A combinação de vento, chuva e descargas elétricas potencializou os estragos em diversas regiões de Santa Catarina. Os prejuízos foram tanto na área rural com muitas lavouras afetadas, quanto nas áreas urbanas com destelhamentos e danos na rede elétrica, além da perda de vidas humanas. Esse conjunto de informações geradas pela rede de monitoramento ambiental da Epagri/Ciram é fundamental para auxiliar as tomadas de decisões na agricultura e no meio urbano. Os dados podem ser visualizados no Agroconnect, uma plataforma de dados agroambientais que pode ser acessada livremente pela internet.
A animação abaixo mostra as descargas elétricas captadas pelo satélite GOES-16 entre os dias 30 de junho e 1º de julho de 2020.