O maracujá, a melancia e a pitaia são importantes culturas para o meio rural do Sul de Santa Catarina. São cultivos de alto rendimento econômico e por isso os produtores têm usado a irrigação localizada por gotejamento ou microaspersão para evitar a frustração de safra nos períodos de pouca chuva. Quando e quanto irrigar são decisões que o produtor podem tomar com base no sistema Agroconnect da Epagri/Ciram, que divulga diariamente os índices do balanço hídrico calculado com os dados das estações meteorológicas.
Segundo o pesquisador da Estação Experimental da Epagri em Urussanga, Márcio Sônego, a orientação é acionar o sistema de irrigação em dias com Índice de Satisfação da Necessidade de Água (ISNA) igual ou inferior a 0,75. “A lâmina de água a ser aplicada deve ser o valor da Etr (evapotranspiração real) para pomares já formados. Deve ser usado o fator de correção (kc) para pomares em formação, que varia de 0,4 (plantio) a 1,0 (pomar formado)”, explica.
Essa metodologia vem sendo usada nos pomares do Campo Experimental da Epagri em Jaguaruna desde 2013 com resultados positivos, mesmo com solo arenoso com apenas 7% de argila e frequentes estiagens na primavera e outono. Ali é usado o gotejamento em pomares de maracujá, laranjas, tangerinas, banana, goiaba e uva.
Entenda mais sobre a necessidade de irrigação usando o ISNA no vídeo produzido pelos técnicos da Epagri/Ciram.