Variedades de figo adaptadas ao clima e ao solo catarinense, com menor custo de produção, maior produtividade e com aspectos fitossanitários e de produção interessantes para o agricultor. Esse é objetivo do estudo que a Epagri está fazendo ao implantar unidades de observação dessa fruta em de 10 municípios do Oeste de Santa Catarina. Dentre eles está Paial, que recebeu 52 variedades diferentes de figo. Os resultados serão obtidos dentro de 5 anos.
As mudas começaram a ser implantadas em maio em propriedades rurais. “Dentre as 52 variedades de figo, vamos selecionar as que tiverem maior produtividade, melhores características organolépticas como sabor, aroma, cor e que demonstrarem boa adaptação ao clima e melhores aspectos fitossanitários. Essas serão multiplicadas para termos mais mudas a serem distribuídas a outros interessados no cultivo da cultura do figo” afirma a extensionista da Epagri de Paial, Simoni Ritter.
De acordo com o engenheiro-agrônomo Gilberto Emílio Barella, que faz parte do grupo de técnicos que atuam com fruticultura da região, o mercado do Oeste catarinense está aberto e ávido por frutas: “nossa região tem demonstrado um grande potencial para produção. Basta ter produtos de qualidade e em quantidade”, diz ele, que juntamente com os técnicos da Epagri fazem o acompanhamento das unidades de observação. Além da comercialização das frutas in natura, a produção pode abastecer agroindústria familiar, agregando valor ao produto ao transformar as frutas em doces e conservas.
As mudas foram produzidas no viveiro da Unochapecó com coordenação do engenheiro-agrônomo Alencar Belotti e apoio de Barella. “Os pomares existentes e os novos plantios precisam de orientação técnica e profissionalismo para que haja eficiência produtiva e assim serem competitivos no mercado”, afirma Belotti.