O município de Planalto Alegre, no Extremo Oeste Catarinense, está comemorando a certificação orgânica da primeira propriedade rural. Ela pertence à família Baptista e fica na Linha Feliz, no interior do município. Essa é uma das cinco famílias que integram o Grupo de Agroecologia Verde Alegre, assistido pela Epagri.
A propriedade produz, em sistema orgânico, morango, amora, ervas medicinais e aromáticas, além de hortaliças diversas. A produção é vendida por uma empresa que faz entrega em domicílio e também na Casa Colonial de Planalto Alegre e na sede da Cooperare – cooperativa de agricultores familiares.
Para a agricultora Pahola Baptista Cassol, os alimentos orgânicos fazem mais do que nutrir e preservar a saúde de quem consome. “Quando a gente consome um alimento agroecológico, ele não é só um alimento, mas sim um cuidado com o meio ambiente, um cuidado com a saúde de forma integral”.
Certificação
A visita de avaliação do sistema de certificação participativa para produção agroecológica foi realizada em setembro. As agricultoras Pahola e Vera Baptista receberam a comissão de ética da Rede Ecovida/Apaco, além de outras famílias do grupo e do extensionista Paulo Ficagna, da Epagri de Planalto Alegre.
No encontro, o extensionista da Epagri falou sobre a construção do grupo de agroecologia e lembrou dos encontros realizados nas propriedades nos últimos três anos como um processo de capacitação e compreensão das práticas agroecológicas. “Além dessas visitas de vivência, também foram realizadas excursões de estudo e cursos, trazendo novas experiências como forma de construção de conhecimento”, destacou.
Depois da apresentação do Caderno do Plano de Manejo Orgânico pela agricultora Pahola, o grupo conheceu a área produtiva e avaliou a propriedade, decidindo pela aprovação da certificação. No dia 9 de outubro, a família recebeu oficialmente o selo de propriedade agroecológica, inédito no município.
O extensionista Paulo Ficagna lembra que o êxito desse trabalho é resultado das parcerias estabelecidas entre a Epagri, a Apaco/Rede Ecovida, a prefeitura e a organização dos agricultores via Cooperare. “Iniciativas como essa servem de estímulo para que outras famílias e outros municípios da região comecem a se organizar para formar grupos de produção agroecológica”, destaca.
Para saber mais sobre a produção de alimentos orgânicos em Santa Catarina, assista à matéria da nossa TV:
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