Produção de hortaliças em abrigo mantém jovem rural na propriedade
  • Post publicado:13 de novembro de 2019
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hortaliças limpas em abrigo de cultivo
Thais e Jonathan Barth têm a produção rastreada e já reduziram em 80% o uso de agrotóxicos (Foto: Aires Mariga/Epagri)

Para o jovem agricultor Jonathan Barth, de Ibirama, a possibilidade de produzir hortaliças com menos agrotóxicos mudou seu destino. Há cinco anos ele estava pronto para trabalhar em uma indústria quando, com orientação da Epagri, construiu um abrigo para testar o cultivo de pepino tutorado. Os resultados foram tão bons, já na primeira colheita, que ele não saiu mais da propriedade.

A produção ainda não é orgânica, mas Jonathan planeja migrar para esse sistema em até dois anos. Dentro dos abrigos, o índice de pragas e doenças é menor e as plantas ficam saudáveis, reduzindo em 80% o uso de agrotóxicos. “Os produtos que eu uso nas plantas são biológicos, bem menos nocivos ao meio ambiente e à nossa saúde”, acrescenta.

Alimento limpo e rastreado

Hoje a propriedade tem nove abrigos, somando 2,1 mil metros quadrados de produção de tomate, pepino, morango, couve-flor, pimentão e outras hortaliças – quase todas já estão inseridas no sistema de rastreabilidade e-Origem. “Consegui cadastrar os produtos sozinho, sem dificuldade. Para o produtor consciente, que faz tudo certo na lavoura, o sistema não altera quase nada. O caderno de campo é apenas um jeito formal de anotar as informações que eu já registrava em outro lugar”, conta.

Jonathan imprime as etiquetas com os códigos de rastreabilidade em casa. Elas são coladas tanto em embalagens individuais, para o consumidor, quanto nos sacos para vendas em atacado. “A rastreabilidade é importante para os dois lados. Quem compra pode saber mais sobre o produto e quem produz pode usar isso como forma de divulgação”, analisa.

Para tocar a propriedade, o jovem conta com ajuda dos pais e da esposa Thais, que também deixou o emprego na cidade. As hortaliças da família Barth alimentam estudantes por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), cujas vendas são feitas pela Coopertaió. Jonathan também vende na feira municipal e para supermercados. “Sinto que faço a minha parte. Se quero consumir alimentos de qualidade e com baixo nível de agrotóxicos, tenho que produzir assim para as outras pessoas também”, diz.

Com histórias como a de Jonathan, as hortaliças catarinenses trilham um caminho cada vez mais sustentável. E o consumidor pode confiar que o tomate que sai dessa e de tantas outras propriedades foi cultivado de forma responsável. Mas se quiser, pode rastrear a origem do alimento e até visitar a produção do Jonathan lá em Ibirama.

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