A cadeia produtiva da pesca artesanal foi o tema da capacitação que a Epagri ofereceu a pescadoras e merendeiras dos municípios de Penha e de Balneário Piçarras, com apoio da Colônia de Pescadores Z 26. O grupo se reuniu no dia 12 de setembro no Centro de Treinamento da Epagri em Itajaí para discutir temas como qualidade dos alimentos, questões ambientais envolvidas com a cadeia produtiva da pesca, a importância da legalização de empreendimentos e do selo de inspeção, alimentos seguros e doenças que podem ser veiculadas pelo pescado mal conservado.
Segundo a extensionista rural da Epagri em Penha, Naiara Sampaio Silva, através de dinâmicas e trabalhos em grupo as participantes experimentaram o associativismo, seja na pesca artesanal ou mesmo no trabalho que realizam na cozinha das escolas. A nutricionista do município, Angélica Aparecida Flores Effting reforça que “a capacitação das merendeiras é de suma importância e o aprendizado foi ótimo. Elas aprenderam coisas novas e relembraram outros assuntos. Treinamentos como esse resultam em uma alimentação mais saudável, mais segura do ponto de vista higiênico sanitário, melhorando assim a alimentação das crianças”.
Naiara relata que as pescadoras criaram um selo fictício intitulado “Aqui tem mulher na pesca”, com intuito de valorizar o trabalho feminino no setor. “Eventos como esse, em que se estimula a criatividade e se dá voz a todos os atores envolvidos, nos ajuda a compreender melhor a percepção dessas mulheres”, observa o extensionista rural da Epagri de Balneário Piçarras, Eraldo Luis Monteiro.
“As reuniões e cursos voltados para mulheres promovidos pela Epagri sempre trazem conhecimento e o fortalecimento para nossa atividade, pois elas têm um papel fundamental na profissão”, diz a presidente da colônia de pescadores Z 26, Adriana Ana Fortunato Linhares.
A oficina também contou com a colaboração da médica-veterinária Sarah de Oliveira. Segundo ela, a medicina veterinária nos permite atuar em diversas áreas, porém compreender as realidades além dos livros e artigos científicos depende da busca de cada profissional. “Estar com as pescadoras é a escola que me faz enxergar o contexto da pesca artesanal além da teoria e me sensibiliza para uma atuação prática mais coerente. Sinto que pude fazer a diferença para o desenvolvimento dessas mulheres e da cadeia pesqueira. Sinto-me privilegiada por essa oportunidade e pronta para seguir a caminhada na pesca! Juntas somos mais fortes”, diz Sarah.