Equipes da Epagri acompanharam, entre 22 e 27 de junho, uma comitiva de técnicos, produtores e lideranças da Colômbia, que vieram conhecer o cultivo de frutíferas na região Sul de Santa Catarina, com destaque para o maracujazeiro. O grupo de 15 pessoas cumpriu um roteiro organizado pela Epagri, que incluiu visitas a cooperativas, atacadistas e produtores que contribuem para a organização e o desenvolvimento da fruticultura na região.
Nas visitas, os colombianos conheceram a realidade e os arranjos produtivos relacionados ao cultivo de maracujá azedo e doce. Visitaram ainda produtores de citros, morango e goiaba. Em Sombrio, prestigiaram o III Seminário Regional sobre Maracujazeiro, onde puderam compartilhar experiências e falar sobre as condições de relevo e clima onde se cultivam plantas do gênero Passiflora naquele país, que é o maior exportador de maracujá do mundo. Eles também conheceram as recomendações técnicas da Epagri para a produção de mudas sadias em dois produtores da região.
Jaime Aceldas, coordenador da comitiva, ficou satisfeito com a visita. “Esse Intercâmbio é muito importante para nós, da Passion Fruit ‘Frutos de Paz e Reconciliação’, tanto na troca de experiências, como também na aproximação sociocultural entre Brasil e Colômbia”, disse. Jaime estudou no Brasil, graduou-se em Agronomia na Unisul e retornou à Colômbia, onde coordena um trabalho com 50 mulheres produtoras de maracujá vítimas da violência da guerrilha. “Temos uma missão e trabalhamos para que o grupo cresça espiritualmente, intelectualmente e economicamente”, acrescentou.
“Fazer parte dessa troca de experiências me fez crescer como agricultora, como mulher rural, como profissional, como empreendedora e, acima de tudo, como ser humano. Obrigada Epagri pelo conhecimento compartilhado. Graças às lições aprendidas, podemos ser agentes de mudança em nosso país”, disse Maritza Linares, integrante da comitiva.
Na visita à Estação Experimental de Urussanga, o grupo foi recebido pelo pesquisador Henrique Belmonte Petry, que ressaltou a importância do intercâmbio, destacando tanto as questões técnicas produtivas quanto as expertises ligadas à exportação da Colômbia. “Com a troca de experiências, podemos prospectar caminhos para a exportação de maracujá, aproveitando o potencial e o diferencial que a variedade Catarina apresenta quando comparada às frutas produzidas em outras regiões do Brasil”, avaliou. Na estação, os colombianos também conheceram as pesquisas da Epagri nas áreas de manejo, fitopatologia e entomologia.
Para Alexandro Roesler, extensionista rural da Epagri de Jacinto Machado, foi gratificante receber e acompanhar a comitiva estrangeira. “Eles proporcionaram aos agricultores, atacadistas e produtores de mudas uma troca de experiências sobre produção de maracujá de qualidade singular”, disse.