Aconteceu em Barra Velha, no Litoral Norte, no dia 7 de junho, um seminário para conscientizar a população sobre os problemas da destinação incorreta dos resíduos sólidos, especialmente o plástico. O evento foi realizado nessa data para marcar o dia mundial do meio ambiente, comemorado em 5 de junho, e o dia dos oceanos, em 8 de junho. Participaram 126 pessoas, entre alunos, professores, lideranças e representantes de organizações como a Eco Local atividades ambientais, de órgão públicos como o CepSul/ICMBio, da Amvali, da Secretaria Municipal de Agricultura e da Epagri.
De acordo com a Associação Internacional de Resíduos Sólidos, os itens mais encontrados no mar são bituca (xepa) de cigarro, garrafas pet, embalagens de alimentos, tampinhas plásticas, canudos, sacolas de lixo, garrafas de vidro, sacolas de mercado, tampas em geral, entre outros. “Nota-se que a maioria do lixo é de plástico e grande parte disso está depositada nos fundos dos oceanos, longe da nossa vista”, ressalta o extensionista rural da Epagri de Barra Velha e organizador do evento, Ricardo Grejianin.
Ele explica que a causa dessa poluição é antropogênica, ou seja, é causada pelo homem, que joga os resíduos provenientes do seu modo de vida e consumo em locais inapropriados. “Uma pessoa utiliza, em média, 120 kg de plástico por ano. Estima-se que oito milhões de toneladas de resíduos plásticos vão parar nos oceanos anualmente”.
Ele alerta para as consequências, que são bem fáceis de serem observadas: poluição visual, que afeta o turismo e a economia local; sufocamento, afogamento e obstrução do trato respiratório de animais, contaminação de ecossistemas, destruição de corais. “Estudos indicam que morrem um milhão de pássaros e 100 mil mamíferos marinhos e tartarugas todo ano. Inclusive pode causar morte de pescadores, banhistas e surfistas, que podem ficar presos em cabos e redes abandonadas em alto mar”.
Ricardo dá algumas dicas para quem quer fazer a diferença: reciclar ou reutilizar o lixo que não é lixo, consumir de forma consciente, destinar corretamente os resíduos, não utilizar copos, pratos, talheres e canudos descartáveis, apoiar políticas e iniciativas de reciclagem, cuidar das margens de rios, restingas e manguezais, praticar os `R’ da sustentabilidade: repensar, reduzir, reciclar, reutilizar, recusar, respeitar, responsabilizar-se e repassar. “Resta-nos a reeducação, a fim de que possamos melhorar nossos hábitos de consumo, procurando alternativas racionais para garantir a sustentabilidade do nosso planeta”.