Manter a colheita de grãos na propriedade e garantir a qualidade do produto são só algumas das vantagens do silo secador de grãos. Essa tecnologia, desenvolvida pela Emater do Rio Grande do Sul há dez anos e consolidada naquele estado, vem ganhando a simpatia dos produtores catarinenses.
Muitos já investiram na construção de seus silos e estão satisfeitos. Jackson Rodrigo Lizott, agricultor de São Miguel do Oeste, é um desses que vê vantagens na tecnologia, sobretudo na redução do estresse. “Antes precisava enfrentar quase 5km de asfalto até o silo com o trator para buscar o produto, cerca de três vezes por mês, fora o risco de estar com máquina na estrada. Ter o produto em casa é muito bom, sem contar a qualidade do produto final”, relata.
O silo secador de grãos é uma tecnologia muito apropriada para a agricultura familiar. Serve para pequenas propriedades, que produzem de 100 a 150 sacas, mas atende bem também propriedades maiores, que produzem até 2,5 mil sacas, que é a capacidade máxima dele. Se o agricultor produz mais, ele pode construir mais de uma unidade.
A elaboração do projeto deve ser acompanhada por um profissional da agronomia, pois requer alguns cálculos para dimensionar o tamanho ideal, conforme as necessidades e condições do agricultor. “É fundamental procurar a Epagri para que se faça o correto dimensionamento e a respectiva orientação de construção e operação. Não recomendamos ao produtor fazer por conta própria o silo, sob pena de não dimensionar adequadamente e, consequentemente, não funcionar corretamente”, esclarece Elvys Taffarel, extensionista rural da gerência regional da Epagri em São Miguel do Oeste.