No dia 20 de novembro mais de 30 pessoas, entre agricultores familiares e técnicos, participaram de um dia de campo sobre produção de leite à base de pasto perene na comunidade da Prata, em Bandeirante, Oeste Catarinense. Esse foi um dos 10 eventos que Epagri realizou no município  com apoio da prefeitura, da Anater e de outras entidades, dos quais participaram mais de 500 pessoas.

O objetivo do dia de campo foi capacitar as famílias produtoras de leite em fertilidade do solo, sanidade preventiva de bovinos, manejo de pastagens e alimentos para autoconsumo. Os técnicos da Epagri aproveitaram e divulgaram também a campanha Use Chapéu e Tenha Mais Saúde, que visa conscientizar as pessoas sobre os cuidados para evitar o câncer de pele.

O dia de campo foi dividido em uma parte teórica e uma prática. Foram proferidas duas palestras: a primeira sobre fertilidade do solo e os efeitos na produção de pasto, pelo professor do IFSC de São Miguel do Oeste, Alcione Miotto, e a segunda sobre sanidade preventiva de bovinos leiteiros, pelo extensionista rural da Epagri Jaime Alcir Vieira Prestes.

A parte prática foi na unidade de referência técnica de leite à base de pasto perene da família de Alceu e Cleni Senger, conduzido pelos extensionistas da Epagri Francisca Freiberger, Jaime Prestes,  José Clóvis Moreira e Célio Air Mikulski. As pessoas foram divididas em três grupos: alimentação de autoconsumo, manejo animal e criação de terneiras, e manejo de pastagens perenes e fertilidade do solo.

Na avaliação dos participantes o evento superou as expectativas em conhecimento, informação, riqueza de detalhes práticos e comprovação de resultados na produção de leite à base de pasto perene. Todos destacaram que o município evoluiu na atividade leiteira, atualmente desenvolvida com mais profissionalismo, controle e gestão da atividade.

Moreira destaca que o comprometimento da família Senger em conduzir a URT é algo impressionante. Segundo o casal Alceu e Cleni, os resultados são perceptíveis. “Onde antes tinha só pedra e grama feia hoje tem pasto à vontade e vida. No início a gente não acreditava que esse sistema ia dar certo, mas hoje estamos convencidos e recomendamos a todos. A felicidade é ainda maior, pois nosso filho voltou de São Paulo para nos ajudar”, diz Cleni.

O extensionista destaca que muitos jovens e mulheres participaram do dia de campo. “Isso mostra o interesse e o comprometimento da família na produção de leite e na busca do conhecimento. Ficamos emocionados em ver o reconhecimento e a vontade de investir mais na atividade leiteira e no sistema PRV – Pastoreio racional Voisin, que preconiza os três pilares da sustentabilidade: social, ambiental e econômico”.