Coleta de amostras para a análise foliar da macieira deve ser feita entre janeiro e fevereiro
  • Post publicado:16 de janeiro de 2019
  • Categoria do post:Mídia

De 15 de janeiro a 15 de fevereiro está aberta a janela para se fazer a coleta para a análise foliar da macieira. É fundamental seguir uma série de procedimentos nesse processo, para se alcançar um resultado mais preciso e confiável na análise.

A análise foliar dá um retrato do estado nutricional da planta. “É algo semelhante ao que o médico pede ao seu paciente, como um exame de sangue ou uma ressonância magnética. Pela análise foliar, pode-se identificar algum nutriente que esteja deficiente ou em excesso. Tanto uma situação quanto outra interfere na produtividade e na qualidade da produção”, descreve Leandro Hahn, pesquisador da Estação Experimental da Epagri em Caçador.

O pesquisador da Epagri explica que cuidados na hora da coleta das folhas são fundamentais. Primeiro, é importante definir o que é uma amostra. É preciso separar os cultivares – ou seja, a amostragem da Gala é diferente da Fuji, por exemplo. Tem que distinguir, também, o porta-enxerto: para cada um, é uma amostra de folhas. Tem que separar, ainda, por idade de pomar. “Para cada variável dessas, é uma coleta diferente, uma amostra diferente”, esclarece Leandro. Cada amostra é composta por cem folhas colhidas de 20 plantas do pomar, ou seja, cinco folhas de cada planta.

Cuidados

É fundamental evitar a coleta de folhas de plantas da borda do pomar – o recomendável é retirar todas as folhas de plantas da parte de dentro. Também não se deve pegar folhas das partes inferior ou superior da planta: a coleta precisa ser feita na parte intermediária. O fruticultor tem que coletar a folha inteira, que é o limbo (a parte verde da folha) com o pecíolo (o galho que prende a folha à árvore).

Outro cuidado é evitar a coleta após fortes chuvas. É preciso esperar pelo menos uma semana para colher as folhas. Esse mesmo prazo deve ser respeitado após a aplicação de agrotóxico ou adubação foliar. Não devem fazer parte da amostra, folhas danificadas mecanicamente, atacadas por alguma doença ou inseto. Outra recomendação é não coletar folhas em pomares próximos a estradas, por causa da poeira. Também é recomendável evitar coletar folhas de ramos ladrões.

As cem folhas que formam uma amostra devem ser embaladas em um saco de papel e colocadas para secar à sombra por cerca de cinco dias. Depois, essa amostra deve ser entregue em um dos escritórios municipais da Epagri ou enviada para o Laboratório de Nutrição Mineral da Estação Experimental de Caçador (Rua Abílio Franco, 1.500, Bairro Bom Sucesso, Caçador – SC, 89501-032). Junto com a amostra devem ser fornecidas as seguintes informações: nome, endereço completo, CNPJ ou CPF, telefone e e-mail do agricultor. O produtor vai pagar R$45,00 pela análise de cada amostra.

O resultado da análise sai em um mês e a interpretação deve ser feita com ajuda de um engenheiro-agrônomo. “A partir do resultado da análise foliar, o profissional que atende o produtor deve fazer, caso necessário, uma recomendação de adubação corretiva, ainda no ciclo da cultura, especialmente via foliar, ou no ciclo de produção seguinte, via correção do solo”, finaliza Leandro.