Para garantir a continuidade da produção de alimentos no Brasil, é necessário a permanência do jovem no campo e no mar. “O futuro do agronegócio catarinense está nas mãos da juventude, pois as novas gerações serão as responsáveis por dar sequência ao trabalho que está sendo desenvolvido hoje”, frisa o diretor de Extensão Rural e Pesqueira da Epagri, Gustavo Claudino.
Desde 2012, a Epagri oferece uma capacitação específica para esse público: em 13 Centros de Treinamento distribuídos pelo Estado, todos os anos, centenas de jovens entre 18 e 29 anos são preparados para a sucessão familiar no setor agrícola e pesqueiro por meio do curso Ação Jovem Rural e do Mar. Em 2024, 264 jovens passaram por esse curso. Depois de formados, os alunos podem acessar linhas de crédito da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária para colocar em prática os Projetos de Vida que elaboraram durante o curso.
Outra ação para promover a sucessão familiar foi a criação, neste ano, do projeto Gestão Jovem Rural, em cooperação com o Centro de Integração Empresa-Escola de Santa Catarina (CIEE). Por meio dele, jovens agricultores de 14 a 17 anos serão contratados pelas empresas parceiras dos programas de aprendizagem para atuar na gestão da propriedade da família, sob supervisão da Epagri.
Durante dois anos, esses agricultores vão desenvolver atividades de gestão da propriedade e receberão assistência técnica da Epagri, além de acompanhamento psicológico e pedagógico do CIEE. O projeto vai iniciar em Joaçaba em 2025 de forma piloto, mas em breve deve ser expandido para outras regiões do Estado de Santa Catarina.
Apoio ao protagonismo das mulheres no campo e no mar
Outro público prioritário das ações de extensão são as mulheres rurais e pesqueiras. Desde 2019 a Epagri promove um curso de qualificação específico para o público feminino, que após a capacitação recebe apoio financeiro da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária para investir na propriedade. Em 2024, 301 mulheres foram capacitadas.
“As mulheres são as grandes responsáveis por levar inovação para as propriedades rurais e pesqueiras. Nosso objetivo é que elas assumam cada vez mais esse protagonismo e tenham condições para empreender no campo e mar”, diz o diretor Gustavo.
Neste curso, chamado Flor-E-Ser, elas aprendem sobre planejamento e gestão, empreendedorismo, oportunidade de renda e negócio, políticas públicas voltadas às mulheres, cooperativismo, associativismo, cultura e tradição, segurança alimentar, seguridade, boas práticas de fabricação, saúde da mulher, educação socioambiental, liderança, comunicação.