O município de Lages sediou o IX Workshop Catarinense de Indicação Geográfica, que de 13 a 15 de setembro reuniu 150 pessoas de todo o País para discutir as potencialidades de produtos de Santa Catarina que já possuem ou que estão em lista para obter a Indicação Geográfica (IG). Atualmente o Estado possui sete IGs: Vinho dos Vales da Uva Goethe, banana da região de Corupá, queijo serrano dos Campos de Cima da Serra, vinhos de altitude de Santa Catarina, mel de melato de bracatinga do Planalto Sul Brasileiro, maçã Fuji da Região de São Joaquim e erva-mate do Planalto Norte Catarinense.
Segundo o coordenador geral do evento, extensionista da Epagri Paulo Arruda, os grupos de trabalho formados no evento abordaram a sustentabilidade e o desenvolvimento territorial conquistados pelos produtos com Indicação Geográfica. Também estavam na pauta temas relacionados a políticas públicas, sustentabilidade, boas práticas de produção, agricultura familiar, paisagens e biodiversidade.
“A partir da apresentação de trabalhos científicos foi possível conhecer iniciativas de IG de todo o País”, relata Paulo. Tudo isso colaborou para as discussões sobre inovações e tendências de agregação de valor com experiências da aplicação da cesta de bens e serviços, aspectos relativos à gestão, ações de marketing, parcerias comerciais, desenvolvimento de rotas de turismo, melhoria das condições de trabalho, dentre outros temas.
O Workshop também promoveu uma viagem técnica sobre IGs do Planalto Sul Catarinense, em Capão Alto. O grupo visitou agroindústrias de queijo artesanal serrano, mel de melado de bracatinga e vinhos de altitude.
Mostra de Produtos Tradicionais
A programação contou ainda com a VIII Mostra de Produtos Tradicionais, realizada no Mercado Público de Lages com venda de produtos da agricultura familiar. Além dos produtos catarinenses que já possuem IG, foram expostos outros que têm potencial para conquistar o reconhecimento: artesanatos indígena e de Mafra (de origem ucraniana e polonesa); queijos como Diamante e Kochkäse; cachaça de Celso Ramos e outros produtos derivados da cana-de-açúcar como o melado batido; vime de Bocaina do Sul; ostra de Florianópolis, linguiça Blumenau; frescal de São Joaquim; chimia e queijos do Oeste Catarinense.
O evento foi promovido em parceria entre Epagri, Sebrae e Rede de Cooperação em Indicação Geográfica e Patrimônio Cultural. A próxima edição será em 2024, com o local ainda a ser definido.
Mais informações:
Paulo Arruda, coordenador geral do evento
Fone: (48) 3664-4303 / e-mail: pauloarruda@epagri.sc.gov.br