A colheita de banana, em Santa Catarina, estende-se por todo o ano, com maior concentração durante o verão. Neste ano, a boa produção e qualidade da fruta têm proporcionado bons resultados aos agricultores. Conforme o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), Rogério Goulart, a atividade está passando por um período de recuperação já que, em 2020, parte dos pomares tiveram danos em virtude da passagem de um ciclone.
Com os preços em um bom patamar e a produção em alta, houve um aumento significativo no valor das negociações nos mercados atacadistas nacionais. Conforme dados disponíveis no Boletim Agropecuário do mês de abril, o valor negociado da fruta catarinense nos três primeiros meses do ano foi de R$ 41,18 milhões, o que representa um aumento de 50% em relação ao mesmo período de 2022.
Oferta
Goulart explica que, no atacado catarinense, a oferta da fruta superou as 5 mil toneladas por mês, voltando aos patamares de 2019, antes dos eventos climáticos extremos e da pandemia de Covid-19 registrados nos últimos anos. Durante o período de emergência sanitária, quando as escolas permaneceram fechadas, a demanda por banana foi reduzida, já que muitos municípios incluem a fruta na merenda escolar.
Conforme dados disponíveis no site do Observatório Agro Catarinense, desde o ano agrícola de 2014/2015, a produção de banana no Estado tem variado entre 719 e 739 mil toneladas. A exceção é a safra 2020/2021, quando a produção ficou em 489 mil toneladas devido aos problemas ocorridos nos bananais com a passagem do ciclone.
Atualmente, ainda de acordo com levantamento do Observatório, o Estado é responsável por cerca de 40% da banana exportada pelo Brasil. A fruta produzida em Santa Catarina tem como principais destinos a Argentina e o Uruguai, países que integram o Mercado Comum do Sul (Mercosul).
Por: Marcionize Elis Bavaresco
Jornalista do Observatório Agro Catarinense