Consórcio de milho e palmito beneficia plantas e solo
  • Post publicado:10 de abril de 2020
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O sucesso da Palmeira-real em Santa Catarina é resultado direto da pesquisa e extensão da Epagri. Essa espécie exótica foi introduzida no Estado em 1998 e hoje é a palmácea mais cultivada por aqui. Quem acumula muita experiência com esse cultivo acaba inovando na forma de produzir palmito. É o caso do agricultor José Ott, de Guaramirim, Norte Catarinense.

S. José já utiliza a técnica de consórcio de culturas há mais de 10 anos

O S. José produz palmito há mais de 30 anos. Sua propriedade tem 15 hectares, dos quais 6 são destinados à Palmeira-real e 4 hectares para Pupunha. Um total de mais de 50 mil plantas. Numa área reduzida, iniciou a experiência do consórcio, isso há mais de 10 anos. E nunca mais parou. Sempre ampliando a técnica para áreas maiores. “É uma maneira que eu tive para fazer o aproveitamento de terra. Além disso, mantém a Palmeira sempre limpa. Depois, quando vou colher o milho, fica a proteção para a terra”, explica S. José. Ainda segundo o agricultor, “está ajudando muito no crescimento e qualidade da Palmeira, pois ela gosta de sombreamento quando é nova, sem falar na cobertura de solo de ótima qualidade”.

Milho e palmito na mesma área traz nutrientes ao solo e mais vigor às plantas

Zelita de Lourdes Gomes é extensionista rural da Epagri no município. De acordo com ela, “a vantagem do consórcio, quando se tem uma cultura perene onde o agricultor demora para fazer a venda, é justamente a renda alternativa ao longo do ciclo da cultura. Além disso, tem a grande vantagem do sombreamento para Palmeira e a qualidade da matéria orgânica que permanece na área”.

Zelita, extensionista da Epagri, demonstra espaçamento entre as mudas de Palmeira-real

Até o corte da palmeira, a técnica permite a colheita de 3 safras de milho. E é ao final do ciclo, depois da derrubada do milharal, que os benefícios se tornam ainda maiores. É o solo que passa a ganhar com o consórcio, mesmo com o passar dos anos. “Quando o produtor corta o milho, ele não retira a palhada da cultura. A palha se decompõe e vira matéria orgânica para Palmeira. Ao longo dos anos, essa palha começa a reestruturar a matéria orgânica do solo, mantendo a umidade da terra, deixando a área cada vez mais nutrida, sadia e adequada para inúmeras outras culturas”, explica a extensionista Zelita.

Você pode conferir a reportagem completa no vídeo abaixo: