“Frio extraordinário” em Santa Catarina, “furacão”, “segunda onda de ciclone” e outras fake news que geralmente circulam em grupos de bate-papo fazem muito mais do que assustar a população. O prejuízo ao trabalho de profissionais de diversas áreas é alto e bem conhecido por meteorologistas e jornalistas da Epagri. “Esse esforço de ‘apagar incêndio’ prejudica nosso trabalho como um todo devido ao tempo que usamos para atender rádios, jornais e pessoas que entram em contato, para explicar que aquilo não é verdade. Atrasa a rotina de previsão do tempo, a divulgação de boletins em áudio e vídeo e a previsão para o mar, por exemplo”, diz a meteorologista Gilsânia Cruz, da Epagri/Ciram.
As fake news também acabam prejudicando a credibilidade dos avisos emitidos pela instituição. “Algumas pessoas acabam não se dando conta de que é fake news e depois falam que a Epagri errou”, acrescenta Gilsânia. A jornalista Gisele Dias, assessora de imprensa da Epagri, reforça: “Desmentir fake news acaba tomando um tempo precioso de trabalho que poderia estar sendo dedicado a pensar e produzir conteúdo de qualidade para a população”.
“Segunda onda” do ciclone
O episódio mais recente foi no dia 30 de junho, quando uma mensagem falsa atribuída à Epagri/Ciram e à Defesa Civil alertava sobre uma segunda onda do ciclone que atingiu Santa Catarina, dizendo que ela seria ainda mais intensa. Ainda naquela noite, a meteorologia e a comunicação da Epagri precisaram agir de forma rápida.
“Além de toda a demanda da imprensa preocupada com o cenário devastador, precisei desmentir uma informação falsa. A multiplicação desse tipo de fake news pode causar pânico na população, já tão assustada com o grave fenômeno meteorológico recente. Por isso, desmenti-la se torna prioridade, o que me levou a procurar a meteorologista naquela noite e providenciar conteúdo para ser replicado com a verdade. Tudo isso em meio a falta de luz e dificuldade de comunicação, pois estávamos com as baterias dos celulares prestes a acabar”, relata a jornalista Gisele Dias.
No dia seguinte, o esforço continuou. “Foi uma manhã intensa de trabalho de toda a equipe de meteorologia explicando sobre as tempestades com ventos acima de 100km/h em boa parte do Estado, mas desfazendo muito do que tinha sido feito com aquela fake news, pois não se tratava de segunda onda do ciclone”, lembra a meteorologista Gilsânia Cruz.
Fique bem informado
Para não repassar fake news, a dica da equipe de comunicação e dos meteorologistas da Epagri é muito simples e vale para qualquer tipo de informação: cheque na fonte oficial. “Verifique se a informação que você recebeu está no site ou nas redes sociais das instituições responsáveis por aquele dado. Se não está lá, não repasse”, reforça a jornalista Gisele Dias.
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